Já imaginou se tudo que você visse na internet fosse automaticamente compartilhado no seu Facebook para todos os seus amigos? Essa é a ideia do “compartilhamento sem fricção”, novidade que Mark Zuckerberg quer implantar em breve.
A princípio pode parecer uma vantagem, não teríamos mais que clicar em “curtir” para compartilhar alguma coisa, facilitaria nossa vida. Errado! A real intenção do “compartilhamento sem fricção” é rastrear nosso comportamento online e gerar dados para que as empresas possam nos oferecer mais coisas.
Fora a questão da privacidade, totalmente violada com essa nova função, existe a questão da identidade online. Lembra da época do Orkut, em que entrávamos em comunidades que muitas vezes nem participávamos para criar um perfil de quem éramos? Nós tínhamos assim a capacidade de criar nossa identidade (ainda que esses gostos não fossem reais).
O “compartilhamento sem fricção” nos tira esse direito, tudo que você ler ou assistir vai para o seu mural, traçando um perfil que além de não ser necessariamente o que você queria mostrar pode sair bem longe do real.
Zuckerberg não é um gênio do mal querendo expor nossas vidas para as empresas, ele é um empresário, e como tal, quer centrar o negócio de web na sua ferramenta, o máximo que puder. Cabe a nós, usuários, decidirmos se vamos ou não fazer parte disso.