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Na última semana acompanhamos o festival de criatividade de Cannes, e como já virou tradição todos os anos após o seu encerramento, as críticas ao maior festival de publicidade do mundo pipocam em nossos vários veículos especializados no assunto. O grande questionamento têm sido o quanto vale a pena os altos investimentos realizados para figurar dentre os Ases da comunicação mundial.

Me incomoda muito a forma como nossas principais agências, detentoras de alguns dos maiores profissionais do mundo, são duramente criticadas principalmente por causa dos “fantasmas” criados exclusivamente para o evento. Discursos saudosistas dos tempos áureos, de quando a propaganda “de verdade” é que era inscrita e premiada aparecem em toda parte, como se isso fosse uma exclusividade das agências brasileiras.

É importante dizer, meus caros críticos, os tempos mudaram! As mídias mudaram! O festival, também mudou!

Perguntem aos grandes publicitários Marcelo Serpa e José Luis Madeira se o fato de AlmapBBDO ter sido considerada a agência do ano nos dois últimos eventos anteriores a este (em 2012 o título ficou com a Wieden + Kennedy de Portland, USA) foi ou não relevante para o dia-a-dia de trabalho da agência.

Perguntem aos colaboradores da agência New 360, 1ª agência do estado de Minas Gerais a conquistar um leão no festival (bronze na categoria outdoor), se eles permaneceram indiferentes a este feito.

Ou quem sabe, perguntem aos clientes da Ogilvy, agência brasileira mais premiada este ano, se eles estão ou não satisfeitos com os resultados proporcionados pelo trabalho realizado pela agência.

Ainda sou da opinião de que os grandes festivais como o festival de Cannes, devem ser a Meca de todo bom publicitário, em um mundo contemporâneo, na era da informação, onde podemos nos comunicar em tempo real até mesmo com pessoas em marte, ou na lua, a importância da troca de experiências PESSOAIS é de extrema importância, de certa forma humaniza nosso trabalho. E se puder conquistar um ou mais prêmios para agregar uma maior credibilidade ao trabalho da agência, porquê não?

Autor / Repórter Convidado: Guilherme Bonfim