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O artista e o pasteleiro

Todo mundo que trabalha ou trabalhou em agência sabe que uma coisa muito complicada nesse meio é o ego dos seus profissionais, especialmente no que diz respeito ao pessoal da criação. Nós bem sabemos do problema que é alinhar os prazos apertados dos clientes com a “alma criativa” dos nossos designer e redatores.

Mas afinal, realizar um job na agência é arte? Eu sinceramente acho que não. Sei que essa afirmação vai criar polêmica e que muitos vão vir com mil casos bacanas, premiados e tudo mais, mas vamos tentar analisar a coisa de forma prática.

Como o próprio nome já diz, criação se refere a um trabalho de desenvolvimento e conceito. Especificamente no caso das agências, é um trabalho focado em resolver um problema. Por mais que esse processo envolva sentimento, referências, etc., ele é um trabalho. Você foi pago para resolver o problema de alguém.

Alguns podem argumentar dizendo que importantes obras de arte da nossa história foram trabalhos encomendados, retratos de família e coisas do tipo. OK, mas você não quer mesmo se comprar a um pintor da renascença que estudou arte a vida inteira, né?

Eu não estou querendo provar aqui que você, amigo criativo de agência, é apenas um peão do computador. Mas acho que é importante que nós profissionais possamos enxergar nosso trabalho com menos glamour e mais foco. Somos criativos, OK. Estudamos para isso, OK. Mas a verdade é que um artista de fato, cria conforme seu desejo e vende isso para quem aprecia sua criação. E você, meu amigo, cria conforme o desejo de outro e por mais criativo que você seja, quem dá a palavra final é o cliente.

Deixo vocês com uma tirinha para refletir sobre o assunto:

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