Não importa se você é freelancer ou trabalha em agência, as datas comemorativas (provavelmente) são um dos grandes terrores da sua vida.
Dia das mães, dos pais, das crianças, do cachorro, do papagaio: não há criatividade que resista a tanta data.
Pesquisa, reúne ideias, cria texto, procura imagem, adapta, mexe aqui e ali e, quando você se dá por conta, lá se vão horas de trabalho.
É, muitas vezes, um trabalho entediante e massivo. Tenho amigos publicitários que não podem nem mais pensar em uma data comemorativa sem que ela venha acompanhada do sentimento de desespero em ter que criar algo relacionado a ela.
Porque, cá entre nós, não é todo cliente (e toda agência) que dispõe de verba boa pra fazer ação e surpreender o cliente do seu cliente. Às vezes, a “ação” não passa de uma peça no facebook, ou um e-mail, ou, ainda, um cartão impresso de última hora. Pra nós, publicitários, torna-se uma atividade automática.
Mas, você já pensou na data comemorativa do ponto de vista do seu cliente? O que cada uma delas significa pro negócio dele? Pra ele, determinada data comemorativa pode ser o ponto alto de divulgação de sua marca.
Ainda pode ser o principal meio de contato com o público dele. Sabe aquele cartão de natal que você não aguentava mais ver na frente e despachou logo?
Pois é, ele pode ter sido a comunicação do ano do seu cliente.
O que quero dizer é que, por mais que estejamos enjoados de criar alguns tipos de peças, para o cliente, elas são únicas e merecem toda a atenção do mundo. Sua agência pode ter 10 clientes e você provavelmente precisará 10 peças/e-mails/cartões de Natal; todavia, para cada cliente, ele será único.
Então, é importante que estejamos dispostos a pesquisar, a pensar, a trocar ideias, a criar. A buscar incessantemente – até mesmo numa peça de Facebook para o Dia das Crianças – a melhor opção. É necessário que igualemos as tarefas, sem discriminá-las por nos parecerem banais. É imprescindível que fiquemos atentos para não cair na mesmice porque, pra você, pode ser só mais um job; pro seu cliente, com certeza, é “o” job!
Foto da mulher grávida via Shutterstock.