Eric Ueite, 25 anos, é canhoto e além de fotografar gosta de andar de skate, admirador de música instrumental, nascido em São Paulo, formou-se na Escola Panamericana de Arte e Design – SP em fotografia no ano de 2011, desde então vem trabalhando em projetos por conta própria, adotou o nome de Eric Kéki.
Kéki, enxerga na luz uma mensagem, e busca na fotografia capturar-la, criando um novo conceito.
VITAMINA: Como você define seu estilo?
KÉKI: Quando eu comecei a gostar mesmo de fotografia, fazia muito book, mas com essa nova avalanche de fotógrafos, trabalhando com as mesmas poses, cansei.
Um amigo meu que estudava comigo me mostrou uma referência de uma fotógrafa americana, Alisson Scarpulla, eu acabei me apaixonando pelo seu estilo, efeitos e principalmente sentimento na foto. É muito difícil pesquisar referências, procuro eu mesmo cria-las, quero que isso venha de mim, sempre que do nada eu penso em alguma idéia, anoto.
Gosto muito do estilo vintage, como a roupa, objetos, locação e até mesmo nos tratamentos das fotos.
Não tenho nada conta estúdios, mas acho que o espaço limita muito, e não gosto de luz artificial.
Nas minhas fotos eu tento passar sentimentos, seja ela de tristeza, solidão ou dramas.
Quero que quando as pessoas olhem meus trabalhos, parem, pensem, reflitam.
VITAMINA: No que você se inspirou no ultimo ensaio?
KÉKI: A vida é de fato uma coisa inspirado que segue ano a ano, a cada estação, neste ensaio quis mostrar a vida no outono, num toque leve, como a ultima folha que cai dando espaço a primavera, batizei de SORTE DE OUTONO.
Sorriso é muito comum em book, como se fosse uma obrigação de ser feliz, não é assim, não que seja triste, mas a ausência do sorriso, não é tristeza é inexpressão e introspecção, procurei esboçar os sentimentos pelas posições e pela coloração, deixando a modelo como segundo plano.
VITAMINA: Como é o ensaio e o mercado de trabalho?
KÉKI: Demoro mais ou menos 2h pra fazer as fotos, depois faço a seleção e o tratamento das fotos, ai acaba demorando mais, geralmente me divirto muito, travado não dá, procuro descontrair bastante e deixar a modelo bem a vontade, quero que ela se divirtam também.
Já o mercado é complicado, tem muito amador competindo cobrando preço de banana por trabalho meia boca, e quem compra as vezes por falta de informação acha que só porque a pessoa tem uma câmera profissional na mão é fotógrafo e isso acaba desvalorizando bastante, as vezes acabo cobrando preços bem abaixo, mas faço porque gosto, eu amo fotografar e quando vejo que a idéia é boa quero ver o resultado.
Foto: Amparo e delicadeza nas dificuldades
Modelo: Juliana Galante
Assistente: Bruna Mattos
A forma delicado com que se encara as dificuldades, as mãos do passado e do futuro segurando forte o presente, auxiliando na jornada, as mãos simbolizam também as mãos amigas que nos dão apoio durante a jornada, sozinho ninguém caminha.
Foto: Que a primavera traga os sorrisos que o outono não trouxe
Modelo: Caroline Siloto Figueiredo
Assistente: Bruna
Um leve olhar sobre o ombro pra espiar as pegadas que ficaram para trás, seguindo em frente sempre, o sentido da vida é fazer valer a pena. Olhando de longe o guarda-chuva, o corpo e a saia da modelo lembram uma ampulheta, o tempo não para.
Foto: Tempo de outono
Modelo: Juliana Galante
Assistente: Bruna Mattos
Mesmo com a preocupação do que tem por vir à gente vai, se joga numa possibilidade, porque é assim, tudo sempre tem metade das chances de dar certo, só da pra saber se tentar.