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A vida imita a arte ou a arte imita a vida?

Essa pergunta até pode render um bom texto, mas em relação ao dia a dia publicitário, existem milhares de mitos e realidades que se misturam em diversas produções audiovisuais.

Até que ponto esses argumentos são verdadeiros varia muito de profissional para profissional, mas quando as dúvidas batem, não tem nada melhor de que um filme bem feito para lhe lembrar do motivo de ter escolhido esse caminho.

Organizei esse top 5 com meus títulos favoritos que dialogam com o universo do marketing/publicidade e despertam questionamentos interessantes, mas nem sempre são tão agradáveis.

5 – Amor por contrato (The Joneses)

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Nesse filme uma grande empresa especializada em marketing invisível, leva uma pseudo família perfeita para uma pequena cidade, onde muitas pessoas tinham dinheiro, mas não eram tão consumistas como tinham o potencial de ser.

A missão da família era de ganhar popularidade entre os habitantes e serem admirados ao ponto de se tornarem referencial do que todos deveriam ter para serem tão legais quanto eles!

Sendo assim, eles ganhavam credibilidade e tudo que eles usavam ganhava visibilidade e relevância, tornando fácil inserir novos produtos no mercado local e iniciar um boca a boca mais eficaz que milhares de comerciais!

Verdade ou mito?

Sinceramente, não duvido nada que existam sim empresas como essa! Se for pensar direitinho, hoje em dia não é tão difícil identificar pessoas que exercem esse mesmo tipo de influência sobre as outras, ainda mais pela internet! Pode ter certeza que uma análise desse filme rende debates bem interessantes, pena que todo esse universo é apenas um papel de fundo para uma comédia romântica meio boba.

Pra saber mais: adorocinema

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4- Obrigado por fumar!

Esse longa conta a história de Nick, um lobista americano que responde pela indústria do cigarro nos EUA em um período de crise.

O ponto forte da trama é a habilidade que ele tem pra contornar os problemas, mascarar a verdade e sob tudo, um poder de persuasão quase sobrenatural!

Nick é capaz de convencer qualquer um de praticamente qualquer coisa sem o mínimo de pudor ou ética, ele explora a ambiguidade das palavras e os ângulos do acontecimento como ninguém mais saberia fazer.

Sabe aquela máxima que diz que podemos falar mentiras só dizendo verdades?

Pois é exatamente dessa propriedade da comunicação que inteligentemente ele toma posse e deixa o telespectador dividido entre a indignação e a admiração.

Ética costuma sempre render bons debates em PP e esse filme é um gatilho perfeito para gerar polêmicas violentas!

Pra saber mais: adorocinema

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3- Branded

Tendencioso e extremista, esse longa serve para dar um choque nos profissionais da área de marketing e publicidade.

Fotografia ruim, efeitos de baixa qualidade e um enredo com alguns momentos questionáveis não invalidam a ideia macro que o filme deseja passar, e para quem já está acostumado com filmes alternativos, não verá nada de tão terrível assim nessa produção.

Fruto de uma parceria Rússia/ Eua a trama se passa num período pós guerra fria, onde a entrada das marcas internacionais são finalmente liberadas e os grandes empresários se aproveitam da facilidade de domínio de público (a população nunca tinha sido tão exposta publicidade) e de um mercado quase virgem em certos seguimentos.

A história gira em torno de Misha, um publicitário que apresenta habilidade natural para o marketing e que tem o dom de visualizar a presença das marcas e a força que elas exercem na sociedade como algo perceptível aos olhos, sendo representada por monstros asquerosos que ilustram “perfeitamente” a briga pelo Top of Mind e Share of Mind que as empresas travam diariamente.

Quando vi esse filme, me lembrei quase de imediato de um livro chamado Sem Logo, onde a autora mostra através de pesquisas os excessos que grandes marcas cometem e saem praticamente impunes.

É muito fácil que a nossa auto preservação simplesmente diga que não é culpa da classe publi/marketeira e que o capitalismo é destruidor, com ou sem a sua ajuda.

Mas até onde não fazemos parte disso?

Até onde estamos dispostos a chegar em troca de bons resultados? Se os outros filmes geram polêmicas, esse providencia verdadeiras pancadarias.

Pra saber mais: cinedica

no-movie
2 – No

Uma produção do Chile, indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro e um dos filmes mais realista quanto ao exercício da publicidade que eu já encontrei.

A história se passa no Chile de 1988, quando o Pinochet foi obrigado por pressões internacionais a abrir um plebiscito onde seria decidido se a ditadura era ou não aprovada pelo povo e se deveria ou não continuar.
René é o jovem publicitário convidado (na encolha) para ser o responsável pela campanha do Não que invadiria as ruas e os televisores do povo chileno durante o horário eleitoral gratuito e travaria uma verdadeira guerra entre as propagandas partidárias obrigatórias.

Por que o filme é bacana?

Sem glamour exagerado e com os pés no chão, essa foi a produção que melhor conseguiu transparecer o que de fato é elaborar um conceito, ter uma ideia bacana e trabalhar nela até que se torne a ideal.

Mostrou que existem rabiscos e milhares de tentativas até chegar naquilo que melhor representa a ideia, reuniões formais e informais pra debater perspectivas, pesquisas de público e de opinião..ufa! Quando alguém perguntar o que você aprende na faculdade, talvez mostrar esse filme evite a fadiga.

Não estou dizendo que não tem estereótipos, que não tem romantismo ou que as condições sociais tenham sido perfeitamente reproduzidas, estou dizendo que como publicitária esse filme me emociona e me faz lembrar perfeitamente pelo o que estou estudando. Vale muito a pena ver!

Pra saber mais: adorocinema

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1- Mad Men

Essa é uma série que devia ser parada obrigatória para todos os profissionais de propaganda.
A história se passa nos anos 60 e tem como foco a vida do Don Draper, um publicitário da área de criação que trabalha na Madison Square.
Descobri essa série um pouco tarde, em uma entrevista do Washinton Olivetto com a Gabriela, onde ele dizia também ter sido consultado como fonte de pesquisas para a elaboração do universo da série e até mesmo dos personagens.

A Gabriela perguntou se tudo aquilo era verdade e ele respondeu que mais da metade era glamour inexistente para tornar  a produção vendável. rs

Ainda não cheguei no fim da terceira temporada, mas mesmo assim me atrevo a indicar como uma fonte de entretenimento bem bacana!

Pra saber mais: imdb

Foto do projetor via Shutterstock.

Confira também o Jovens Empreendedores!


Jess

Formada em design de moda e publicidade e propaganda. Aprecia sem moderação filmes e série sempre que possível, escreve poesias para passar o tempo e produz conteúdo para blogs de moda. Acesse seu Facebook.

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